Novas Casas de Economia Solidária no Rio Grande do Sul
O Rio Grande do Sul está prestes a ganhar seis novas Casas de Economia Solidária, conforme anunciado durante a abertura da 27ª Feira Estadual de Economia Popular e Solidária, realizada na manhã desta terça-feira (2/12) no Largo Glênio Peres, em Porto Alegre. O evento, que se estende até 13 de dezembro, reúne aproximadamente 300 empreendimentos de diversas localidades do estado, todos voltados à comercialização de produtos variados.
A feira, que este ano conta com 84 estandes, oferece uma ampla gama de produtos que vai desde a agroindústria familiar, confecção, até o artesanato local. Uma das novidades desta edição é a ampliação da sua duração para duas semanas, permitindo que mais empreendedores participem sem custos para montarem suas barracas. O evento ainda começou de forma festiva, com um cortejo musical animado pelas empreendedoras, que tocaram instrumentos e cantaram durante o passeio pelos corredores.
Novos Espaços de Formação e Comercialização
De acordo com Nelsa Nespolo, presidenta da Unisol/RS, as novas Casas de Economia Solidária, que serão permanentes, contarão com apoio financeiro do Governo Federal e estarão localizadas em Pelotas, Caxias do Sul, Santana do Livramento, São Leopoldo, Passo Fundo e, claro, na capital, Porto Alegre, que já possui um ponto de comercialização ativo na Rua Vigário José Inácio, 303.
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A Importância da Economia Solidária
No evento, o secretário Nacional da Economia Solidária, Gilberto Carvalho, enfatizou a reativação do apoio governamental às iniciativas de economia solidária, especialmente após a redução do setor no governo anterior. “A economia solidária representa uma alternativa de produção, comercialização e consumo, que se baseia na solidariedade e na luta pelos direitos da sociedade”, afirmou Carvalho.
Ele ainda destacou que a verdadeira mudança no país vem das ações coletivas da sociedade. “Pressionem mais — a economia solidária precisa ser a economia do país”, completou o secretário, ressaltando a importância dessas iniciativas para uma sociedade mais justa.
Investimentos para Fortalecer a Economia Local
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A abertura da feira contou também com a presença de Gilson Lima, presidente interino da Fundação Banco do Brasil, que anunciou a entrega de quatro caminhões novos para cooperativas de reciclagem em Canoas e São Leopoldo, que enfrentaram dificuldades após enchentes recentes. O Governo Federal já destinou R$ 15 milhões para editais voltados a redes de cooperação solidária e R$ 26,5 milhões para a retomada de empreendimentos na Reconstrução RS, apoiando cooperativas e catadores afetados pela situação.
Nelsa Nespolo expressou sua satisfação ao afirmar: “Este é um dia de felicidade compartilhada. Esperamos que a feira encante o público, pois cada produto reflete o sonho de quem o produz”. Ela também ressaltou que a economia solidária é fundamental para promover impactos positivos na vida das pessoas, na economia e no meio ambiente, e que é crucial atrair a atenção dos jovens para fortalecer esse movimento inovador.
O Papel das Mulheres na Economia Solidária
Oraides Santos, do grupo Toque de Anjo, que tem participado de todas as edições da feira, afirmou o orgulho de seu trabalho com vestuário customizado feito a partir de tecidos doados do setor têxtil: “A economia solidária é tudo para mim”. Outra participante, Mariana Dade, do coletivo Filhas da Terra, que apresenta produtos de saboaria artesanal, também destacou a importância do trabalho coletivo e a repartição de resultados entre os produtores, enfatizando que mais de 70% da força de trabalho na economia solidária é composta por mulheres.
Entre aqueles que sofreram com as enchentes, está Luis Fontoura, produtor de cachaça especial de Muçum, que perdeu cinco hectares de canavial. Ele, que já participa da feira há uma década, lamenta as dificuldades enfrentadas, mas demonstra resiliência ao continuar a buscar oportunidades de renovação.
Cadastro de Empreendimentos de Economia Solidária
O número atual de empreendimentos de economia solidária no estado e em todo o Brasil está sendo monitorado por meio do Cadastro de Empreendimentos de Economia Solidária (CadSol), uma ferramenta que visa facilitar a formulação de políticas públicas mais eficazes e abrangentes para o setor.
