Senador Fabiano Contarato assume presidência da CPI do Crime Organizado
Na terça-feira, 4 de novembro de 2025, o senador Fabiano Contarato, do PT do Espírito Santo, foi eleito presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Crime Organizado. Com uma carreira notável como delegado, Contarato conquistou 6 votos a favor e 5 contrários em uma eleição marcada por tensões políticas. A escolha do senador é considerada uma vitória para os governistas, que temiam que a oposição dominasse as pautas da CPI.
Nascido em Nova Venécia, no interior do Espírito Santo, Contarato é graduado em Direito pela Universidade de Vila Velha, com especializações em Direito Penal e nos impactos da violência na educação. Sua experiência de 27 anos como delegado da Polícia Civil do Espírito Santo inclui passagens por várias instituições, como o Detran e a Corregedoria Geral do Estado.
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Em 2018, ele conquistou uma cadeira no Senado com a maior votação da história do estado. Embora tenha se filiado ao PT em 2022, sua trajetória política inclui passagens por outros partidos, como o PL, PSDB e Rede Sustentabilidade, onde foi eleito pela primeira vez.
Postura firme e propostas contundentes
Contarato é visto como um dos senadores mais rigorosos da esquerda no Congresso. Um exemplo claro de sua postura rigorosa foi seu voto favorável à proposta que elimina a “saidinha” temporária dos presos em feriados e datas comemorativas. Além disso, ele se destacou como um dos signatários de um pacote de propostas alternativas à PEC (Proposta de Emenda Constitucional) da Segurança Pública, que ainda está em tramitação.
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As iniciativas apresentadas por Contarato incluem uma série de medidas para endurecer as políticas de segurança, como transformar guardas policiais em poder ostensivo, criminalizar o domínio territorial por meio da violência e tornar o desvio de dinheiro público um crime hediondo. Esses projetos refletem sua filosofia de que uma abordagem mais dura é necessária para combater o crime organizado no Brasil.
Após sua eleição à presidência da CPI, o senador usou suas redes sociais para afirmar que a comissão “irá até o topo da cadeia criminosa, para identificar e responsabilizar não apenas os executores, mas também os líderes, financiadores e cúmplices que lucram com a violência e a corrupção”. Sua declaração indica um comprometimento em levar à frente investigações que possam impactar diretamente o combate ao crime no país.
Expectativas e desafios à frente
Com a vice-presidência da CPI nas mãos de Hamilton Mourão, do Republicanos-RS, e a relatoria com Alessandro Vieira, do MDB-SE, o novo presidente terá que navegar em um ambiente político desafiador. Governistas acreditam que a liderança de Contarato pode ajudar a direcionar as investigações de forma a evitar que a oposição monopolize as discussões. Entretanto, a divisão política pode complicar o trabalho da comissão.
Assim, os próximos meses são cruciais para a CPI e para o senador Fabiano Contarato, que agora terá a responsabilidade de liderar um grupo em busca de esclarecimentos sobre o crime organizado no Brasil, um tema que continua a gerar preocupações em todo o país. A expectativa é que a CPI traga à tona informações relevantes e que contribua para o aprimoramento das políticas de segurança pública, algo que a sociedade brasileira clama por há anos.
